Vivemos, como nunca antes, na era da imagem. A fotografia, no decorrer da história, foi se aprimorando e hoje temos uma infinidade de equipamentos que podem transmitir uma mesma mensagem em diferentes formatos. A fotografia publicitária, por exemplo, nos possibilita criar um universo imaginário que ultrapassa o conhecimento técnico e dá abertura para que possamos ter sensibilidade em ver, além do olhar.
Considerando essa realidade, o último BVZ Labs abordou o tema “Um novo olhar sobre a produção de conteúdo”, promovendo um debate sobre a sensibilidade do olhar.
Observar, reparar e comunicar. Esses são os principais pontos a considerar quando o assunto é imagem. O apelo estético deve ser baseado no conceito e na proposta que o cliente deseja, mas o que editar e qual a melhor foto para cada propósito são decisões exclusivas do diretor de arte.
Partindo do pensamento de Saramago “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.” exercitar essa observação em relação à luz, ao ângulo e à composição é o primeiro passo para se ter um bom resultado. Pois quando falamos em luz na fotografia, estamos lidando com muitas possibilidades como, por exemplo, luz artificial e luz natural. A escolha da luz proveniente da natureza ou da luz controlada se dá a partir do conceito pensado para a conteúdo.
Em relação ao ângulo e à composição, deve-se identificar o foco da imagem e o que queremos comunicar. Questionar-nos se a imagem está falando por si é um bom exercício. Observar, dentro da composição, se há elementos que despertam as sensações que fazem parte da linguagem da marca também pode se tornar uma forma de aproximação.
Enfim, treinar a sensibilidade do olhar em relação à imagem é um trabalho constante e infinito, que a cada dia se aprimora mais. Não existem parâmetros que determinem o que é uma foto perfeita, mas sim sensações que aquela imagem provoca. É aí que está o grande objetivo dos profissionais da imagem.